O feriado nacional do 25 de Abril recorda um acontecimento histórico ocorrido em 1974 e que deu origem a uma mudança de regime político: passámos de uma ditadura para uma democracia. Nesta alteração de regime, o exercício da liberdade, que era até então muito limitado, passou a ser um direito de todos.
Escola é casa da liberdade
Um dos desafios que a escola tem colocado aos alunos é refletir sobre a importância e consequências da liberdade, ou a falta dela; bem como saber identificar os atuais perigos e deturpações que ela enfrenta.
O que a escola pretende é sensibilizar e preparar os alunos para um verdadeiro exercício da liberdade, sendo capazes de a perceber, defender e, com ela, construir uma sociedade justa e pacífica.
Liberdade e fazer o que apetece
As redes sociais passaram a ser também um espaço de liberdade, onde se partilham conhecimentos, ideias e opiniões. No entanto, este espaço virtual, quando é utilizado por pessoas que julgam que a liberdade é o direito de «fazer e dizer tudo o que apetece», verifica-se um agravamento de situações de violência e discriminação de grupos e culturas. O chamado discurso de ódio tem crescido, sobretudo nas redes sociais, justificado com o direito à liberdade de expressão.
O discurso de ódio é o nome dado a todas as formas de expressão que promovam qualquer tipo de discriminação, apelando muitas vezes a comportamentos agressivos contra determinados grupos. A liberdade de expressão – o direito de cada um expressar as suas opiniões, crenças, pontos de vista, etc. – nunca poderá justificar o discurso de ódio, pois nenhum direito poderá ir contra outro. Portanto, a liberdade de expressão tem de ser exercida com responsabilidade e respeito pela dignidade e liberdade do outro.
Exercer a liberdade individual é aceitar que todos cabem nela e isso só se consegue quando se respeitam as diferenças. A verdadeira liberdade nunca rebaixa ou difama, mas constrói e eleva.
