Actualidades
30 julho 2019

Dia Internacional de Combate ao Tráfico de Pessoas

Tempo de leitura: 3 min
Mulheres e raparigas são 7 em cada 10 vítimas do tráfico de pessoas
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Assinala-se nesta terça-feira, 30 de julho, o Dia Internacional de Combate ao Tráfico de Pessoas. Em 2019, as Nações Unidas apelam para mais ação dos governos.

De acordo com o escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), sete em cada dez vítimas são mulheres e raparigas. Número de crianças traficadas duplicou nos últimos 15 anos.

Em mensagem por ocasião deste dia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que “o tráfico de pessoas é um crime hediondo que afeta todas as regiões do mundo.”

Segundo Guterres, “as vítimas mais comuns são traficadas para exploração sexual” e também “para trabalhos forçados, recrutamento como crianças-soldados e outras formas de exploração e abuso.”

O chefe da ONU também alerta que são “os traficantes e grupos terroristas que atacam os mais vulneráveis, desde pessoas em situação de pobreza até aqueles que estão em guerra ou que enfrentam discriminação.”

Guterres lembra na sua mensagem que Nadia Murad, a primeira vítima de tráfico a servir como embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas, recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2018 pelas ações realizadas para deter o tráfico e a violência sexual em conflitos.

A ONU destaca progressos no combate ao tráfico de seres humanos, como a Convenção de Palermo e o Protocolo para Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, Especialmente Mulheres e Crianças.

De acordo com Guterres, “a maioria dos países tem as leis necessárias em vigor e alguns países realizaram recentemente as suas primeiras condenações”, mas que “é preciso fazer mais para levar as redes de tráfico à justiça e, acima de tudo, garantir que as vítimas sejam identificadas e tenham acesso à proteção e aos serviços de que precisam.”

O diretor executivo do Unodc disse que existem “muitas, muitas vítimas que precisam da nossa ajuda” e é por isso que fazemos um apelo por mais ação dos governos.

“Combater este flagelo significa construir uma sociedade que não deixa ninguém para trás”, refere Yuri Fedotov, apelando “aos governos que aumentem as suas respostas e deem às vítimas o apoio e justiça que merecem.”

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