“Informamos o Papa Francisco sobre os avanços da resistência e das reivindicações da comunidade de Piquiá de Baixo”, relata o padre Dário Bossi, que entregou ao Papa documentos sobre a história de luta da comunidade.
A comunidade de Piquiá de Baixo, com mais de mil habitantes e localizada numa área de floresta amazónica no Estado do Maranhão (Brasil), é vítima da mineração e da siderurgia que extrai minério de ferro do coração da Amazónia.
De acordo com o padre Dário Bossi, Provincial dos Missionários Combonianos no Brasil, o Papa “escutou com muita atenção” o seu relato, “porque durante o Sínodo da Amazónia ele dá prioridade à escuta das histórias das comunidades, seus sofrimentos e esperanças”.
“O Santo Padre garantiu que irá rezar por nossa comunidade e nossa caminhada”, revelou o missionário.
Também participou no encontro com o Papa, a convite da rede ecuménica Igrejas e Mineração, Flávia Antónia do Nascimento, jovem mãe de Piquiá de Baixo que testemunhou o drama e a resistência da sua comunidade.
Há 15 anos que Piquiá de Baixo denuncia as violações sofridas e luta pela busca de reparação integral, exige justiça e responsabilização do Estado e das empresas que sacrificam comunidades, territórios, água e meio ambiente, em função do lucro de poucos.