A fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apresentou o relatório «Perseguidos e esquecidos? Um relatório sobre os Cristãos oprimidos por causa da sua fé», onde afirma que “é uma verdadeira corrida contra o tempo” para se evitar o desaparecimento do cristianismo no Médio Oriente.
“A situação de forte instabilidade que se vive no Médio Oriente poderá vir a acelerar o fim do cristianismo em países como a Síria ou o Iraque, se a comunidade internacional não atuar rapidamente”, refere o documento da AIS, apresentado no dia 23 de outubro nas principais capitais europeias.
O relatório produzido pela AIS é categórico no que diz respeito ao Médio Oriente, onde é inegável “o impacto” da violência terrorista do Daesh. A “presença dramaticamente reduzida” de cristãos ou de yazidis em diversas cidades ou vilas é um sinal claro da tentativa de genocídio que teve lugar durante os tempos em que vastas regiões do Iraque e da Síria caíram nas mãos do “califado” jihadista.
De acordo com o documento, havia 1,5 milhões de cristãos no Iraque antes de 2003, mas em meados de 2019 esse número caiu para menos de 150 mil. Um declínio de cerca de 90 por cento no curto espaço de tempo de uma geração. O mesmo se passa na Síria, onde o número de cristãos caiu cerca 60 por cento desde o início do conflito em 2011.
O relatório destaca que houve também uma degradação das condições de vida das minorias religiosas, em que se incluem os cristãos, no Sul e Leste da Ásia e também em África.