Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para a existência de 13,5 milhões de pessoas a viver em pobreza extrema no Brasil. Este é o maior número de miseráveis registado desde 2012.
O critério utilizado para definir a situação de pobreza extrema é o mesmo do Banco Mundial e inclui pessoas que vivem com menos de 1,9 dólares (1 euro e 70 cêntimos ou 7,5 reais) por dia.
Os extremamente pobres no Brasil são tantos quanto a população de países inteiros como Portugal, Grécia, Bélgica, Cuba ou Bolívia.
O crescimento da pobreza extrema coincide com o início da recessão que começou em 2014 no Brasil e terminou em 2016. Embora tenha continuado a subir a um ritmo mais lento. No período de um ano, entre 2016 e 2017, o número de pessoas extremamente pobres aumentou 1,34 milhões. Já entre 2017 e 2018, 200 mil pessoas caíram na pobreza extrema.
O estudo também revela que 52,5 milhões de brasileiros vivem na pobreza. Ou seja, 25% da população ou 1 em cada 4 brasileiros vive com menos de 5,5 dólares (5 euros ou 22 reais) por dia.
A pobreza atinge sobretudo a população negra ou mestiça, que representa 72,7% dos pobres, em números absolutos 38,1 milhões de pessoas. Sendo que entre essa população, as mulheres negras ou mestiças representam a grande maioria: 27,2 milhões de pobres.
No dia 17 de novembro, celebra-se o «III Dia Mundial dos Pobres» convocado pelo Papa Francisco. O tema “A esperança dos pobres jamais se frustrará”, é um convite a todas as comunidades cristãs e a todas as pessoas de boa vontade para que levem esperança e conforto aos pobres e colaborem para que ninguém se sinta privado da proximidade e da solidariedade humana.