Trinta e três pessoas morreram em contexto de violência doméstica, informou o Governo na passada sexta-feira. De acordo com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, com base nas estatísticas da Polícia Judiciária, as vítimas são 25 mulheres, sete homens e uma criança.
De acordo com dados revelados pela “Associação Portuguesa de Apoio à Vítima” (APAV), foram registados no período de cinco anos (2013-2018), 43 456 casos de violência doméstica em Portugal. Um tipo de violência que atinge muito mais as mulheres, 37 294 do que os homens, 5963.
Nesta segunda-feira, 25 de novembro, assinala-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Por ocasião desta data, foram divulgados os dados recolhidos pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA), da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) com base nas notícias publicadas pela imprensa nacional sobre femícidios. De acordo com o OMA, 28 mulheres foram vítimas mortais deste crime entre 1 de janeiro e 12 de novembro de 2019. Os dados diferem porque os apresentados pela ministra são estatísticas de entidades oficiais e os do OMA resultam da análise de notícias veiculadas pelos media - pode dar-se o caso de terem sido registados como femicídios mortes que afinal não ocorreram em contexto de violência doméstica.
Ainda de acordo com o OMA, nos últimos 15 anos, 531 mulheres foram vítimas de femicídio em Portugal. São casos que envolvem as relações de intimidade, presentes e anteriores, violência intrafamiliar, nomeadamente a praticada contra ascendentes diretos, descendentes diretos e por outros familiares.