O Papa Francisco recordou hoje, 27 de novembro, durante a audiência geral, no Vaticano, a recente viagem apostólica que o levou até à Tailândia e ao Japão.
O Papa sintetizou os momentos que viveu nesses dois países da seguinte maneira:
“Na Tailândia, pude encorajar os esforços em prol da harmonia entre as diversas componentes da Nação, com votos de que o progresso económico possa beneficiar a todos e se ponha termo à praga social que é a exploração sobretudo de mulheres e menores. Está seriamente empenhada nisto a Igreja local, cujo testemunho passa também através das suas obras ao serviço dos doentes e marginalizados. Na Eucaristia e sucessivo encontro com os jovens, pudemos sentir como a nova família formada por Jesus inclua também os rostos e as vozes do povo tailandês. Depois, sob o lema «proteger toda a vida», visitei o Japão, cujo povo traz gravados na alma os estigmas das terríveis explosões atómicas de Hiroxima e Nagasáqui. Lá, pude rezar, encontrar alguns sobreviventes e familiares das vítimas e reiterar uma firme condenação das armas nucleares, denunciando também a hipocrisia de se falar de paz e, ao mesmo tempo, construir tais bombas e vendê-las. O povo japonês, depois daquela tragédia, demonstrou uma capacidade extraordinária de lutar pela vida; e o mesmo haveria de fazer em 2011, o ano do tríplice desastre: o terremoto, o tsunami e o incidente na central nuclear de Fukushima. Para proteger a vida, toda a vida, é preciso amá-la; e hoje uma grave ameaça nos países mais desenvolvidos é a perda do sentido da vida e do amor à vida. E as primeiras vítimas deste vazio são os jovens. A abundância de recursos não basta; é preciso o amor de Deus Pai, que Jesus Cristo nos trouxe e oferece."