O Papa enviou uma mensagem aos participantes da «COP25», a Cimeira das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas que acontece na cidade de Madrid, na Espanha, até 13 de dezembro.
Francisco reconhece que após a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, houve uma “crescente consciencialização” sobre a importância e a necessidade de “trabalhar juntos na construção de nosso lar comum”.
No entanto, o Papa critica que, após quatro anos, “essa consciência ainda é bastante fraca, incapaz de responder adequadamente a esse forte senso de urgência por ações rápidas”.
O pontífice cita os relatórios especiais do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), que apontam que os atuais compromissos assumidos pelos Estados para mitigar e se adaptar às alterações climáticas estão longe do que é necessário para alcançar as metas estabelecidas no Acordo de Paris.
“Eles (os estudos científicos) demonstram a que distância estão as palavras de ações concretas!”, lamenta o Papa.
“Devemos nos perguntar seriamente se existe vontade política para dispor com honestidade, responsabilidade e coragem, mais recursos humanos, financeiros e tecnológicos para mitigar os efeitos negativos das alterações climáticas, bem como ajudar os mais pobres e vulneráveis, que são os mais atingidos”, afirmou o Papa.
Francisco também chama a atenção sobre “a importância de adaptar os modelos de consumo e produção e sobre os processos de educação e conscientização” para as alterações climáticas e relativamente à dignidade humana.
“Estamos a enfrentar um «desafio da civilização» em favor do bem comum”, disse o Papa.
Em seguida, destacou o potencial das novas gerações, que demonstram “uma maior sensibilidade para essa “emergência” e pediu que os responsáveis políticos não passem aos jovens o “fardo” de resolver os problemas causados pela sua ação.
“Que possamos oferecer à próxima geração razões concretas para ter esperança e trabalhar por um futuro bom e digno!”, desejou o Santo padre.