O Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas está a preparar um plano de ação para combater a violência contra civis na região de Beni, na República Democrática do Congo (RDC). A iniciativa é baseada num relatório independente do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
De acordo com a ONU, mais de 260 civis, incluindo mulheres e crianças, foram mortos nos últimos dois meses de 2019 pelo grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF).
A avaliação independente concluiu que a proteção de civis no território de Beni requer uma resposta abrangente e que envolva as forças de paz MONUSCO, o Exército e a Polícia da República Democrática do Congo, bem como parceiros externos.
“Mais de 200 pessoas mortas com crueldade e inclusive crianças pequenas mortas com catanas e machados. Uma coisa bárbara. É preciso travar esses terroristas que são uma combinação de fundamentalismo com grupo armado e crime organizado”, disse o general Santos Cruz.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, chega à República Democrática do Congo na quinta-feira para uma visita de cinco dias, a convite do governo.
A representante da ONU começa a visita em Bunia, na província de Ituri, no nordeste do país, que tem sido afetada pela violência entre os grupos Lendu e Hema. Nessa cidade, Bachelet encontrará deslocados pela violência e representantes dos grupos Lendu e Hema. Ela terá ainda encontros com vítimas de tortura e violência sexual, bem como representantes do governo local.
Michelle Bachelet tem encontro marcado com organizações da sociedade civil e, na capital, Kinshasa, terá uma reunião com o presidente Félix Tshisekedi.
