Nuvens de gafanhotos do deserto chegaram ao Corno de África, nomeadamente à Etiópia, Quénia e Somália. São dezenas de milhares de insetos que podem consumir num só dia alimentos que seriam suficientes para alimentar 35 mil pessoas. Em 24 horas uma nuvem de gafanhotos pode percorrer a distância de 150 quilómetros.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alerta que além destes países, outros seis estão ameaçados pela praga de gafanhotos. Uma ameaça que atinge 11,9 milhões de pessoas que já sofrem com a insegurança alimentar na região.
“A situação já afeta a Etiópia, Quénia e Somália, onde plantações e pastos foram danificados. Sudão do Sul e Uganda estão em risco, com nuvens a apenas 200 km das suas fronteiras, e foi lançado um alerta à Eritreia, à Arábia Saudita, ao Sudão e ao Iémen”, indica um comunicado da FAO.
De acordo com o especialista da FAO, Keith Cressman, “as nuvens de gafanhotos já começaram a pôr ovos e uma nova geração pode aumentar a dimensão do problema”. Segundo ele, “são necessários esforços urgentes para impedir o aumento e proteger a subsistência de agricultores e pastores.”