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30 janeiro 2020

Violência afasta 670 mil crianças da escola no Sahel (África)

Tempo de leitura: 2 min
Grupos armados intensificaram ataques no Burkina Faso, Mali e Níger
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A violência está a afastar 670 mil crianças da escola na região do Sahel, em África. Nos últimos dois anos, grupos armados intensificaram ataques em partes do Burkina Faso, Mali e Níger.

De acordo com um documento da Unicef, em novembro de 2019, 1,2 milhões de pessoas foram deslocadas, mais de metade delas crianças. Isso representa um aumento duplo no número de pessoas deslocadas por insegurança e conflito armado nos países do Sahel Central nos últimos 12 meses.

Desde o início de 2019, mais de 670 mil crianças em toda a região foram forçadas a deixar as suas casas por causa de conflitos armados e insegurança. As crianças e as suas famílias que fogem do conflito correm maior risco de violência, exploração e recrutamento por grupos armados e são mais vulneráveis aos abusos.

“As crianças estão a ser assassinadas, mutiladas e abusadas sexualmente e centenas de milhares tiveram experiências traumáticas”, refere a directora regional da Unicef para a África Ocidental e Central, Marie-Pierre Poirier.

Segundo a Unicef, o Sahel tem sido uma das regiões mais vulneráveis ​​da África e o aumento da violência armada no Burkina Faso, Mali e Níger está a causar um impacto devastador na sobrevivência, educação, proteção e desenvolvimento das crianças. O documento indica que perto de 5 milhões de crianças que vivem no Sahel precisarão de assistência humanitária ao longo de 2020 e que serão necessários esforços renovados, ampliados e coordenados para conter a violência em curso e impedir que ela se espalhe para os países vizinhos.

 

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