O Papa Francisco discursou esta sexta-feira, 31 de janeiro, no encerramento do primeiro Congresso Internacional da Pastoral dos Idosos e convidou a uma reflexão séria para aprender a valorizar a velhice.
“A desorientação social e, em muitos aspetos, a indiferença e a rejeição que as nossas sociedades manifestam em relação aos idosos chamam não apenas a Igreja, mas todos, a uma reflexão séria para aprender a compreender e a valorizar a velhice”, referiu.
De acordo com o Papa, no século XXI, a velhice tornou-se uma das marcas da humanidade: “Em algumas décadas, a pirâmide demográfica, que tinha na sua base um grande número de crianças e jovens e no topo uns poucos idosos, inverteu-se.
“Nesse sentido”, prosseguiu Francisco, “a enorme presença de idosos constitui uma novidade para todos os ambientes sociais e geográficos do mundo”.
“A longevidade é uma bênção na Bíblia”, afirmou o Papa, salientando que “ao conceder a velhice, Deus doa tempo para aprofundar o nosso conhecimento sobre Ele”.
“Consciente do papel insubstituível do idoso, a Igreja torna-se um lugar onde gerações são chamadas a partilhar o plano de amor de Deus, num relacionamento de troca mútua dos dons do Espírito Santo. Essa partilha intergeracional obriga-nos a mudar o olhar sobre os idosos, a aprender a olhar para o futuro juntamente com eles”, anunciou.
"Devemos acostumar-nos a incluí-los nos nossos horizontes pastorais e a considerá-los como uma das componentes vitais das nossas comunidades. Eles não são apenas pessoas que somos chamados a ajudar e a proteger, mas podem ser protagonistas de uma pastoral evangelizadora, testemunhas privilegiadas do amor fiel de Deus”, concluiu o Santo Padre.
