No final da audiência geral desta quarta-feira, 11 de março, o Papa dirigiu uma palavra aos doentes do coronavírus e agradeceu aos profissionais e voluntários que estão a dar apoio aos enfermos.
“Gostaria de dirigir-me a todos os doentes, com o vírus, que sofrem com a doença e a tantos que sofrem com momentos de incerteza, com a própria doença. Agradeço de coração ao pessoal dos hospitais, médicos, enfermeiras, voluntários, que estão ao lado das pessoas que sofrem, neste momento tão difícil”, declarou o Papa.
Francisco alertou ainda que “essa dor, essa epidemia, não nos faça esquecer dos pobres sírios que sofrem na fronteira entre a Grécia e a Turquia”.
O Santo Padre destacou que este é um povo “que sofre há anos” e que só querem “fugir da guerra, da fome e das doenças”.
“Não vamos esquecer esses muitos filhos, irmãos e irmãs”, exortou o Papa.
Na sua reflexão semanal, Francisco deu continuidade ao ciclo sobre as bem-aventuranças e hoje falou sobre a quarta: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”.
De acordo com o Papa, esta bem-aventurança fala-nos de realidades – ter fome e sede – que, muito mais do que desejos genéricos, referem-se a exigências vitais diárias: “algo necessário para a nossa sobrevivência”.
“Por um lado, ter fome e sede de justiça lembra-nos a necessidade que a humanidade tem de equidade, de que não haja injustiça no mundo. Contudo, a fome e sede de justiça de que nos fala o Senhor é algo mais profundo: trata-se do desejo de Deus”, explicou Francisco.
“Santo Agostinho, melhor do que ninguém, expressou o que significa esse desejo, quando afirmou que o nosso coração permanece inquieto até repousar em Deus. Por isso, esta bem-aventurança convida-nos a redescobrir o que é realmente essencial na nossa vida, confiando que Deus não deixará de saciar a sede do nosso coração”, concluiu.