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13 setembro 2021

Francisco: solidariedade europeia

Tempo de leitura: 2 min
Francisco sublinhou, durante a visita à Eslováquia, a necessidade de solidariedade e fraternidade na aplicação dos Planos de Recuperação na Europa.
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Papa Francisco e a Presidente da Eslováquia Zuzana Čaputová  (Foto: Vatican News)

O Papa Francisco disse hoje em Bratislava que a União Europeia, neste período de pós-pandemia, tem de olhar para lá do “lucro”, sublinhando a necessidade de solidariedade e fraternidade na aplicação dos Planos de Recuperação.

“Corre-se o risco de se deixar levar pela pressa e a sedução do lucro, gerando uma euforia passageira que, em vez de unir, divide. Além disso, num mundo onde todos estamos interligados, onde todos habitamos uma terra do meio, a mera recuperação económica não é suficiente”, declarou, no Palácio Presidencial da Eslováquia, país onde chegou este domingo, no contexto da sua 34ª viagem apostólica, iniciada em Budapeste.

Francisco deixou votos de que a Europa se destaque por “uma solidariedade que, ultrapassando as suas fronteiras, possa colocá-la de novo no centro da história”.

“Precisamos de fraternidade para promover uma integração de que há cada vez mais necessidade. Sente-se a sua urgência atualmente, num momento em que, depois de meses muito duros de pandemia, se prognostica – embora com muitas dificuldades – o tão almejado recomeço económico, favorecido pelos planos de retoma da União Europeia”, acrescentou.

O pontífice falou da pandemia como a “provação” dos dias de hoje, que exige unidade para construir o futuro.

Francisco foi recebido no Palácio Presidencial de Bratislava pela chefe de Estado, Zuzana Caputová, para a cerimónia oficial de boas-vindas, seguindo-se a tradicional visita de cortesia.

Após a audiência privada, a cerimónia prosseguiu no jardim do edifício, onde se reuniram representantes das autoridades eslovacas, líderes religiosos, da sociedade civil e membros do corpo diplomático.

Francisco mostrou-se feliz por esta viagem ao “coração da Europa”, ponto de encontro entre o Cristianismo ocidental e oriental, por onde passaram diversos povos, durante séculos.

O discurso destacou ainda a importância do trabalho para que ninguém se sinta marginalizado e se veja “constrangido a abandonar a família e a terra de origem à procura de melhor sorte”.

Francisco alertou, igualmente, para a situação de muitos jovens europeus, “cansados e frustrados”, convidando a rejeitar a “superficialidade do consumo e do lucro material”.

(Com informação de Vatican News e Ecclesia)

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