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17 setembro 2021

Filipinas: cultura de morte

Tempo de leitura: 2 min
Os bispos de Luzon do Norte, nas Filipinas, denunciam a cultura de morte presente no país, causada pela corrupção, a pandemia e as políticas governamentais.
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Três arcebispos filipinos da região de Luzon do Norte condenam as mortes e a inacção do governo nas Filipinas numa carta pastoral conjunta. "É como estar no vale da morte: o assassinato de toxicodependentes e opositores; as vítimas da pandemia; morte por dificuldades devido a um governo sem visão e corrupção flagrante que parece estar a bater todos os recordes", escrevem os prelados.

Os arcebispos Marlo M. Peralta de Nueva Segovia, Sócrates B. Villegas, de Lingayen-Dagupan, e Ricardo L. Baccay, de Tuguegarao, notam com dor e preocupação a perda maciça de vidas humanas nas Filipinas, causada por vários fenómenos tais como a "guerra contra as drogas", a pandemia, a corrupção.

“Nos últimos cinco anos", salienta a carta, "mais de 30 mil filipinos morreram na campanha contra as drogas ilegais". Além disso, o rasto da morte é vasto: "Jornalistas, opositores políticos, juízes, padres foram mortos e os críticos do governo foram intimidados e ameaçados. Os assassinos estão à solta e os apoiantes destes assassinos aplaudem-nos".

Os bispos acrescentam: "A pandemia tem sido um desastre natural fora do nosso controlo. Temos visto a morte nas nossas casas. Os heroicos profissionais de saúde arriscaram as suas vidas e alguns morreram. Enquanto outras nações se recuperaram da pandemia, o nosso número de mortos continua a aumentar. Como resultado da pandemia, os pobres estão lentamente a morrer por causa do desemprego, as dificuldades e a falta de meios de subsistência. "Os pobres estão a pagar pela corrupção dos poderosos. A nação está a afundar-se em dívidas", dizem os prelados, que salientam a incompetência, a inépcia e a corrupção que "estão a matar a nação e a economia".

Numa situação tão dramática, a esperança vem de Deus: "Venceremos o mal com o poder do bem. A nossa ajuda vem do Senhor", dizem, acrescentando que a situação actual nas Filipinas exige penitência e expiação pelos pecados pessoais e comunitários: "Podemos organizar rosários penitenciais e orações de reparação à Misericórdia Divina para que o Senhor perdoe os assassinos. Que a nossa penitência nos conduza, à nossa pequena maneira, a obras de misericórdia e caridade generosas e corajosas", sublinham os bispos.

(Com informação da Agência Fides)

 

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