Actualidades
11 fevereiro 2022

Saúde para todos

Tempo de leitura: 3 min
O Papa Francisco defende na sua mensagem para o Dia Mundial do Doente, que se celebra hoje, um acesso universal a serviços de saúde, recordando milhões de pessoas excluídas socialmente nos cinco continentes.
---
O Papa Francisco alertou hoje no Vaticano para o «vírus” social individualismo e indiferença, destacando as suas consequências na área da saúde». Foto: Vatican News

A mensagem para a celebração anual do Dia Mundial do Doente, na memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, tem como tema «‘Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso’ (Lc 6, 36). Estar ao lado de quem sofre num caminho de amor».

O Papa Francisco recorda no seu texto quem deixa de receber cuidados de saúde por causa da «exclusão social ou pelas dificuldades no tratamento dalgumas patologias».

«Penso sobretudo nas populações das zonas mais pobres da Terra, onde por vezes é necessário percorrer longas distâncias para encontrar centros de tratamento que, embora com recursos limitados, oferecem tudo o que têm disponível», afrima Francisco.

«Há ainda um longo caminho a percorrer para garantir a todos os doentes, mesmo nos lugares e situações de maior pobreza e marginalização, os cuidados de saúde de que necessitam e, também, o devido acompanhamento pastoral», sublinha o papa.

Francisco lamenta a falta de disponibilidade de vacinas contra a covid-19, nos países mais pobres, a que se soma a «falta de tratamentos para patologias que requerem medicamentos muito mais simples».

A mensagem destaca os avanços da ciência médica e sublinha a importância dos profissionais de saúde. «O vosso serviço junto dos doentes, realizado com amor e competência, ultrapassa os limites da profissão para se tornar uma missão. As vossas mãos que tocam a carne sofredora de Cristo podem ser sinal das mãos misericordiosas do Pai. Permanecei cientes da grande dignidade da vossa profissão e também da responsabilidade que ela acarreta», menciona o papa.

Francisco lembra que «o doente é sempre mais importante do que a sua doença», pelo que «qualquer abordagem terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente».

«Mesmo quando não se pode curar, sempre é possível tratar, consolar e fazer sentir à pessoa uma proximidade que demonstre mais interesse por ela do que pela sua patologia. Espero, pois, que os percursos de formação dos operadores da saúde sejam capazes de os habilitar para a escuta e a dimensão relacional», refere o papa.

A mensagem elogia ainda o papel instituições sanitárias católicas, que combatem a «cultura do descarte».

Partilhar
Newsletter

Receba as nossas notícias no seu e-mail