Actualidades
30 maio 2022

Um mundo sem fome é possível

Tempo de leitura: 3 min
A Cáritas Internacional pede vontade e determinação política para acabar com a fome e lembra as 811 milhões de pessoas que «vão para a cama com o estômago vazio»
---
Cerca de 276 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda (Foto: ©123RF)

A Cáritas Internacional recorda que houve um aumento dramático da fome, devido à «crise climática», também com o impacto da covid-19, e lembra os conflitos, em particular a guerra na Ucrânia, «que está a ter consequências terríveis em todo o mundo, especialmente sobre a insegurança alimentar».

Efectivamente, segundo a ONU, agora há cerca de 276 milhões de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda, antes da pandemia eram 130 milhões. Cada dia, lembra a organização católica, há 811 milhões de pessoas que «vão para a cama com o estômago vazio»,

Para que seja possível um mundo sem fome, a Cáritas Internacional pede aos líderes mundiais e aos decisores políticos que invistam em programas que combatam «os diferentes factores da fome», «privilegiem os mais pobres e marginalizados», promovam e implementem «estratégias de recuperação sustentável».

«Dar prioridade a programas que apoiem holisticamente os mais pobres e marginalizados, incluindo pequenos agricultores, e incluam os direitos dos pobres em todas as discussões. Também é crucial incluir a participação significativa de produtores e consumidores locais, especialmente mulheres, que são responsáveis ​​por 60 a 80% da produção de alimentos nos países em desenvolvimento, na formulação e implementação de políticas nos níveis locais», pede a organização internacional num comunicado divulgado no Dia Mundial da Fome, que se se comemorou no dia 28 de Maio.

A organização de acção social da Igreja católica indica ser necessário «alocar mais fundos que aumentem a resiliência da comunidade a longo prazo», de forma a «combater os diferentes factores da fome, incluindo conflitos, degradação ambiental e sistemas de má governança».

É também necessário «fortalecer os diálogos políticos inclusivos e a transparência sobre os factores estruturais da fome» e «promover a adopção de práticas sustentáveis ​​no sistema alimentar».

A Cáritas pede, igualmente, a implementação de estratégias de recuperação sustentável que se baseiem na abordagem dos impactos das mudanças climáticas e dos conflitos, a fim de aumentar a resiliência da cadeia de abastecimento alimentar e evitar picos de fome.

Partilhar
Newsletter

Receba as nossas notícias no seu e-mail