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07 setembro 2022

Comboniana assassinada em Moçambique

Tempo de leitura: 2 min
A irmã Maria De Coppi, missionária comboniana de 84 anos, foi assassinada a tiro no ataque à missão de Chipene, na diocese de Nacala, no norte de Moçambique.
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Durante a noite de 6-7 de Setembro, «os rebeldes atacaram a missão, incendiando todos os edifícios. A irmã Maria, missionária comboniana nascida na cidade de Vittorio Veneto (Norte de Itália), morreu durante a emboscada. Todos os sobreviventes estão agora a fugir para Nacala», disse a secretária-geral das Irmãs Combonianas em Itália, Enza Carini.

De acordo com a informação recolhida pela Agenzia Fides, os assaltantes destruíram as instalações da missão, incluindo a igreja, o hospital e as escolas primária e secundária. A Irmã Maria foi atingida por uma bala na cabeça quando tentava chegar ao dormitório onde estavam as poucas estudantes que tinham ficado na missão. Dois missionários da diocese de Concordia-Pordenone conseguiram salvar-se. Loris Vignandel, 45 anos, originário de Corva e antigo pároco de Chions (Pordenone), e Lorenzo Barro, antigo reitor do seminário diocesano da cidade de Destra Tagliamento.

Outras duas irmãs, uma italiana e outra espanhola, conseguiram escapar para a floresta junto com um grupo de estudantes.

O arcebispo Inacio Saure, arcebispo de Nampula, a diocese da qual a missão de Chipene, Nacala, é sufragânea, disse que se desconhece a identidade dos autores do ataque, embora «seja muito provável» que tenham sido terroristas islâmicos.

A província de Nampula, juntamente com Cabo Delgado, é vítima da instabilidade causada pela presença de grupos terroristas ligados ao auroproclamado Estado islâmico. Enquanto Cabo Delgado tem sido o centro de operações para soldados do Ruanda e outras nações que vieram apoiar soldados moçambicanos, a província de Nampula tem assistido a um ressurgimento de ataques jihadistas nos últimos meses. «Na realidade, diz D. Saure, grupos jiadistas continuam a operar em Cabo Delgado, mas na nossa província os ataques forçaram a população a fugir. Não sabemos quantas pessoas procuraram refúgio na floresta. É uma tragédia terrível e ainda difícil de quantificar».

(Com informação de Fides e Lusa)

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