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27 setembro 2022

Turismo: «indústria da paz»

Tempo de leitura: 3 min
A Pastoral do Turismo – Portugal divulgou uma mensagem para o Dia Mundial do Turismo, que se celebra hoje, 27 de Setembro, assinalando a importância de promover a «indústria da paz».
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A mensagem começa por referir que, frequentemente, nos referimos ao turismo como a «Indústria da Paz», «dado que ela permite o contacto e o convívio entre seres humanos de diferentes culturas, religiões, etnias e formas de viver e a aquisição de conhecimento do outro e do diferente, factores que diminuem/eliminam a discriminação, ou a rejeição do que nos é (ou era) estranho». Além disso, refere o texto, «é uma actividade altamente inclusiva, já que, criando muito emprego para pessoas com diferentes níveis de qualificação, permite que todos possam ser integrados no mercado de trabalho».

E não podemos esquecer, lembra o documento, «que esta é uma indústria cujo produto é tão mais valorizado, quanto melhor for a qualidade ambiental e a promoção do desenvolvimento social das populações que são visitadas, ou seja, quanto maior for o índice de sustentabilidade que promova». 

No entanto, «esta indústria da paz fica, mais uma vez, seriamente ameaçada, face a este cenário de dubiez, que traz dificuldades a um conjunto muito alargado de pessoas, de comunidades, de lugares, de cidades, que do turismo dependem e que vêm, novamente, perturbado o seu caminho de crescimento e de construção de um mundo mais sustentável», explica o texto, enviado à revista Além-Mar.

O organismo da Igreja Católica considera que a guerra na Ucrânia representa «uma ameaça em termos globais» que causa tristeza e preocupação e «aumenta a pressão das incertezas económicas existentes, podendo dificultar, globalmente, a recuperação do turismo».

A Pastoral do Turismo – Portugal aponta ao potencial do património religioso para este sector, como uma «séria proposta de atribuição de sentido a muitas questões da sociedade contemporânea».

Os responsáveis assinalam que a presença da Igreja na área turística é importante, considerando o Turismo Religioso, «como uma actividade criadora de pontes». E recorda que o Papa Francisco reforçava, na sua Mensagem do 52º Dia dedicado a este tema, a importância da construção da paz e dos “artesãos”, «daqueles que, com as suas mãos, o seu compromisso e o seu saber, modelam essa nova face do mundo».

«A cultura da harmonia e da fraternidade “requer engenhosidade e o uso sábio de diferentes artes e habilidades”, mas sobretudo requer a capacidade de entender que só abrindo as portas, promovendo uma Pastoral do Turismo que acolhe todas as visões e não mais vive cerrada em ideias limitadas e contidas, estaremos a caminhar no sentido de vencer os conflitos e as diferenças», acrescenta o texto.

Por isso, «é imperioso pôr em prática essa ‘nova Pastoral’, já não somente preocupada com o peregrino, mas com todos os turistas, uma Pastoral que assenta a sua acção na ligação e disponibilidade para estar ao lado de quem trabalha neste sector. Propomos uma Pastoral do Turismo de ‘artífices da Paz’!», conclui a mensagem.

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