Um ataque contra uma aldeia do povo dogon deixou cerca de 95 mortos e 38 feridos no Mali. A maioria das vítimas foram queimadas.
Este massacre pode ter sido uma retaliação a um ataque atribuído aos caçadores dogon, ocorrido a 23 de março em Ogassogou, quando 160 pessoas da etnia peul foram brutalmente assassinadas.
Os confrontos têm aumentado na região desde o surgimento, em 2015, do grupo jihadista do pregador Amadou Koufa, que recruta sobretudo pessoas da etnia peul, tradicionalmente pastores. As comunidades bambara e dogon, grupos ligados à agricultura, criaram os seus “grupos de autodefesa”.
O chefe da Missão da ONU no Mali (Minusma), Mahamat Saleh Annadif, diz-se chocado com o ataque e o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou aos protagonistas para se absterem de represálias e iniciarem um diálogo intercomunitário.