O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Rio Maria, no Estado do Pará, foi morto à tiros por desconhecidos que se colocaram em fuga em uma mota.
Carlos Cabral Pereira, de 58 anos, já havia denunciado às autoridades as ameaças de morte que recebera de latifundiários.
Cabral teve a sua vida inteira marcada pela luta em defesa dos trabalhadores rurais.
Este é o terceiro líder de trabalhadores rurais a ser assassinado na cidade de Rio Maria.
Em 18 de dezembro de 1985, o trabalhador rural e militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) João Canuto, foi assassinado com 12 tiros. Dois fazendeiros da região foram julgados e condenados pelo homicídio: Adilson Carvalho Laranjeira, prefeito de Rio Maria na época, e Vantuir Gonçalves.
Seis anos depois, em fevereiro de 1991, o sucessor de João Canuto na presidência do STR, Expedito Ribeiro de Souza, também foi assassinado. O mandante do crime foi o fazendeiro Jerônimo Alves do Amorim, condenado a 19 anos de prisão.
