O Papa Francisco preside, no domingo, à missa de abertura do Sínodo Pan-Amazónico. O evento acontece entre os dias 6 e 27 de outubro sobre o tema “Amazónia: Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.
A Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazónica foi convocada pelo Papa Francisco no dia 15 de outubro de 2017, durante a missa de canonização dos mártires de Uruaçú e Cunhaú.
Porquê um Sínodo sobre a Amazónia
“No fundo, trata-se de cuidar e defender a vida, tanto de todos os seres humanos, quanto da biodiversidade. Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo, 10,10)”, referiu o relator geral do Sínodo, o Cardeal Cláudio Hummes.
Na cerimónia de apresentação realizada no dia 3 de outubro, em Roma, Dom Cláudio citou a Encíclica Laudato Si’ e o seu convite a uma conversão: “É importante o que o Papa Francisco chama de ‘ecologia integral’, para dizer que tudo está interligado, os seres humanos, a vida comunitária e social e a natureza. O que se faz de mal à terra, acaba fazendo mal aos seres humanos e vice-versa. Há necessidade de uma conversão ecológica, inspirada em São Francisco de Assis.”
O Sínodo Pan-Amazónico vai reunir todos os bispos da região pan-amazónica, que compreende nove países.
Os padres sinodais, portanto, são 184. Entre estes, há também prelados de outras regiões, chefes de dicastérios, representantes de congregações religiosas e membros de nomeação pontifícia. Do Brasil, são 57.
Entre os participantes, dos quais 35 mulheres, há também representantes de outras comunidades cristãs, de povos originários e especialistas.
Os participantes vão concentrar-se em dois aspetos: a missão evangelizadora da Igreja na Amazónia, tendo no centro o anúncio da salvação em Jesus Cristo, e a temática ecológica.