As Nações Unidas confirmaram a desistência do Chile de sediar a “Cimeira do Clima”, COP 25.
“Após um longo processo de avaliação, o governo chileno tomou a dolorosa decisão de não sediar a Cimeira do Clima - COP25”, anunciou o presidente do Chile, Sebastián Piñera, alegando que neste momento “os cidadãos chilenos exigem total esforço e atenção do governo”.
Além deste evento, o Chile também cancelou o fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec), que aconteceria no país em novembro, sendo que não seria possível garantir a segurança dos participantes.
Estes cancelamentos são indicativos de que o governo não tem expectativas de que a tranquilidade seja restabelecida tão cedo no Chile.
Desde o início dos protestos que geraram uma crise política no Chile, 20 pessoas foram mortas e mais de 7 mil detidas.
Por sua parte, a ONU disse que “explora opções alternativas” para a realização da cimeira.
A Cimeira do Clima é uma das mais importantes no calendário da ONU. Neste encontro, os países firmam os seus compromissos e acordos para suavizar o impacto das alterações climáticas. É a mesma cimeira que foi realizada em 2015, na França, quando foi aprovado o Acordo de Paris para o combate às alterações climáticas.
Inicialmente, a realização da COP 25 estava marcada para ocorrer no Brasil, mas com a desistência anunciada, em 2018, pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de realizar o evento no seu país, o Chile ofereceu-se para abrigar a reunião.