A Conferência Episcopal Congolesa (CENCO) lançou um apelo pelo fim da violência nas províncias do Kivu-Norte e do Kivu-Sul.
Os bispos manifestaram preocupação com a situação dramática da segurança na região. “É inaceitável que há décadas a dignidade da pessoa e a vida humana são constantemente ameaçadas num país em que as instituições estatais e as organizações internacionais presentes deveriam proteger a população”, lê-se no comunicado assinado por Dom Marcel Utembi Tapa, presidente da CENCO.
O prelado expressa, em nome do organismo eclesial, solidariedade e proximidade ao bispo de Butembo-Beni, Dom Melchisédech Sikuli, ao bispo de Uvira, Dom Sébastien-Joseph Muyengo, e a todos os habitantes daquela área.
A nota conclui com um apelo ao Governo central, ao Exército e à Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) para elaborarem um plano a fim de pacificar a região, restabelecer a autoridade do Estado, garantir ajuda humanitária às populações, vítimas dos confrontos, e renovar o diálogo nacional “a fim de favorecer um clima de justiça, paz e reconciliação entre as comunidades em conflito”.
A violência por parte de rebeldes como as Forças Democráticas Aliadas (ADF-Nalu) e os Maimai intensificou-se após o exército congolês lançar uma ofensiva para desmobilizar grupos armados na região leste do país.
Ataques relacionados com estes grupos fizeram mais de 80 mortos no mês de novembro. A população civil, vulnerável, também sofre com os saques e sequestros realizados pelos terroristas. Casas e instalações foram queimadas, incluindo duas bases das forças de paz da ONU em Boikene.