Actualidades
20 janeiro 2020

Combonianos do Brasil assinam aliança com povo indígena Pitaguary

Tempo de leitura: 2 min
Por uma ecologia integral e pela casa comum
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Os Missionários Combonianos do Brasil assinaram uma aliança com o povo indígena Pitaguary, num compromisso «por uma ecologia integral e pela casa comum». O pacto foi assinado no final do retiro anual que se realizou em Fortaleza, Estado do Ceará, região nordeste do Brasil.

Na sequência do recente Sínodo da Amazónia, que pede envolvimento e compromisso sério de todos” e na iminência da publicação da Exortação apostólica do Papa Francisco, decorrente do mesmo Sínodo, “rezemos e preparemo-nos para recebê-la com fé e esperança, com inteligência e efetividade”, referiu o relator do Sínodo, o cardeal Cláudio Hummes.

Os indígenas Pitaguary, que são cerca de cinco mil divididos em quatro aldeias, reivindicam a demarcação das suas terras, a valorização da sua identidade e a defesa do seu território.

Histórias da população local narram que Santo António aparecia frequentemente numa gruta do território indígena. No mesmo território, há também a árvore mangueira sagrada, “lugar de muito sofrimento”, comenta o líder indígena Carlinhos Pitaguary: “É aos pés da mangueira que os indígenas costumavam reunir-se junto aos afrodescendentes da região. Uns sem terem ainda sua terra reconhecida; outros, arrancados violentamente de suas terras ancestrais”.

Na igreja de Santo António existe uma “co-padroeira”, explica a coordenadora Mara Araújo Pitaguary. “É Nossa Senhora de Guadalupe, mãe dos povos indígenas, profecia revelada do diálogo entre culturas e religiões”.

Os combonianos meditaram nestes dias sobre os compromissos de uma nova aliança com a Casa Comum e os seus povos; sentiram a necessidade de assumi-los em primeira pessoa, pois «palavras, convicções, propostas e denúncias só terão sentido e incidência se forem autênticas, concretamente vinculadas a um estilo de vida e de missão coerente e radical». Nesse sentido, fizeram questão de assinar o seu pacto no território Pitaguary, por representar um dos contextos em que a missão precisa se encarnar e sempre se reinventar, na escuta dos povos originários.

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