A cada ano, cerca de 4 milhões de meninas sofrem Mutilação Genital Feminina (MGF). Apesar das crenças culturais ou religiosas, a MGF não traz nenhum benefício para a saúde, além de violar os direitos humanos.
A MGF é um crime grave contra a pessoa, definido pelas Nações Unidas como uma prática aberrante, fortemente prejudicial aos direitos humanos.
Por indicação da ONU, assinala-se nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
A prática tem raízes nas desigualdades de género, em tentativas de controlar a sexualidade da mulher e em ideias sobre pureza, modéstia e estética.
Também conhecida por circuncisão feminina, a MGF é a remoção de parte ou de todos os órgãos sexuais externos femininos. A prática está presente em 27 países, sendo que a maioria dos casos são registados na Indonésia, no Egipto e na Etiópia. A idade em que é realizada varia entre alguns dias após o nascimento e a puberdade. Em metade dos países com dados disponíveis, a maior parte das jovens é mutilada antes dos cinco anos de idade.
O tema escolhido para este ano, “Liberando o poder da juventude: uma década de ações aceleradas para a zero mutilação genital feminina”, procura conseguir apoio dos jovens para promover o fim da prática numa década.