Pelo menos 64 migrantes etíopes morreram asfixiados dentro de um camião que seguia para a África do Sul. O veículo foi intercetado num posto de controlo em Moçambique. Quatorze pessoas sobreviveram e estão a receber tratamento contra a desidratação, exaustão e trauma grave. O motorista do camião, um moçambicano, foi detido pelas autoridades.
De acordo com as informações da Organização Internacional para as Migrações (IOM), os migrantes etíopes, que viajavam sem documentos, percorreram 4000 km da Etiópia até Tete, em Moçambique, e ainda teriam de percorrer mais 1400 km até Petrória, na África do Sul.
Os relatos indicam que os sobreviventes estão “profundamente traumatizados”.
Moçambique faz parte da chamada Rota do Sul, uma via migratória usada com frequência por migrantes do extremo leste da África para o território sul-africano em busca de oportunidades económicas, proteção e educação.
De acordo com as Nações Unidas, a África do Sul abriga cerca de 4,2 milhões de migrantes e 290 mil candidatos a asilo e refugiados. Os principais países de origem são o Zimbábue, Somália, Maláui, República Democrática do Congo e Etiópia.
