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06 agosto 2020

Rumo a um mundo livre de armas nucleares

Tempo de leitura: 4 min
Ao fazer memória da tragédia de Hiroshima (Japão), de que neste dia 6 de Agosto de 2020 se assinala o 75º aniversário (e de Nagasaqui, três dias depois), a Igreja continua a comprometer-se na construção da paz e a apelar para um mundo livre de armas nucleares.
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O Parque Memorial da Paz de Hiroshima lembra as vítimas do ataque nuclear e a necessidade de defender a paz mundial. (Foto: 123RF) ___________________________________________________________________________________________________

Ao recordar os 75 anos dos bombardeamentos atómicos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ocorridos a 6 e 9 de agosto de 1945, os bispos do Japão recordam numa mensagem alguns passos-chave do compromisso da Igreja japonesa com a paz, começando com o premente apelo contra a guerra e em favor do desarmamento nuclear lançado em 25 de fevereiro de 1981 por João Paulo II em Hiroshima, durante sua visita ao país.

Em seguida, os bispos japoneses lembram as fortes palavras do Papa Francisco contra a simples “posse” de armas nucleares. Palavras pronunciadas em novembro de 2017 no Congresso Internacional realizado no Vaticano sobre “Perspectivas por um mundo livre de armas nucleares e pelo desarmamento integral”, convocado após a assinatura do Tratado para a proibição das armas atómicas.

“Pela forma como contribuímos para a construção da paz na Ásia Oriental, demonstraremos se, como a Igreja no Japão, podemos seguir as palavras do Papa Francisco. Para isso, renovamos nossa determinação a enfrentar o passado sem reticências e continuamos assumindo a responsabilidade pelo futuro”, concluem os bispos japoneses, lembrando, com as palavras do Papa em sua Mensagem para o 52º Dia Mundial da Paz, que “o processo de paz é um trabalho paciente de busca da verdade e da justiça, que honra a memória das vítimas e que se abre, passo a passo, a uma esperança comum, mais forte do que a vingança”.

Nos Estados Unidos da América os bispos unem-se, igualmente, em oração ao povo japonês para recordar as vítimas e "pelas gerações que continuaram pagando as consequências sanitárias e ambientais desses trágicos ataques".

“Nesta solene recorrência – escreve em uma nota o presidente da Conferência Episcopal (USCCB), D. José H. Gomez – unimo-nos à voz do Papa Francisco e a seu apelo aos nossos líderes e àqueles mundiais para que perseverem nos esforços para abolir essas armas de destruição de massa, que ameaçam a existência da humanidade em nosso planeta".

"Recordando a violência e a injustiça do passado, podemos nos empenhar em ser pacificadores como Cristo nos chama a ser", escreve ainda o arcebispo de Los Angeles, que reitera a urgência de buscar "sempre o caminho da paz e alternativas ao uso da guerra como instrumento de solução dos conflitos entre nações e povos".

A Comissão para a Justiça e a Paz da Conferência Episcopal dos EUA, convocou para 9 de agosto um dia nacional especial de oração, estudo e acção pelo desarmamento nuclear.

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