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21 maio 2019

A missão no centro da ação missionária

Tempo de leitura: 3 min
O Papa recordou o percurso que moldou o Instituto das Missões Exteriores
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Em discurso dirigido aos participantes Capítulo Geral do “Pontifício Instituto das Missões Exteriores” (PIME), o Papa Francisco recordou o percurso que moldou o instituto e que produziu muitos frutos pelo mundo.

O Papa sublinhou que o PIME procura, na medida do possível, “colocar a missão no centro”, pois esta foi a urgência missionária que fundou o Instituto e continua a moldá-lo.

“Vocês estão convencidos disso e escolheram as palavras de São Paulo ‘Ai de mim se eu não pregar o Evangelho’, como guia e inspiração”, assinalou. Segundo o Pontífice, à luz dessas palavras, o organismo trabalhou “para compreender novamente a missão ad gentes, reafirmar a primazia da única vocação missionária tanto para os leigos como para os sacerdotes”.

O Santo Padre deu graças a Deus pelo longo caminho percorrido pelo organismo eclesial nos seus quase 170 anos de fundação e recordou Dom Angelo Ramazzotti, na época bispo de Pavia, fundador do PIME.

“Ele acolheu o desejo do Papa Pio IX e teve a ideia de envolver na fundação os bispos da Lombardia, com base no princípio da corresponsabilidade de todas as dioceses, na difusão do Evangelho aos povos que ainda não conhecem Jesus Cristo”, destacou.

No PIME, os membros não fazem votos como os religiosos, mas consagram as suas vidas para a atividade missionária com a promessa definitiva. Os seus primeiros campos de missão foram na Oceânia, Índia, Bangladesh, Mianmar, Hong Kong e China.

“A semente escondida debaixo da terra produziu muitos frutos de novas comunidades, de dioceses que nasceram do nada, de vocações sacerdotais e religiosas que germinaram pelo serviço da Igreja local. Depois da II Guerra Mundial vocês foram para o Brasil, na Amazónia, Estados Unidos, Japão, Guiné-Bissau, Filipinas, Camarões, Costa do Marfim, Tailândia, Camboja, Papua-Nova Guiné, México, Argélia e Chade”, lembrou o Papa.

“A sua história é marcada por um trilho luminoso de santidade em muitos dos seus membros, em alguns reconhecido oficialmente pela Igreja”, disse Francisco, recordando os mártires Santo Alberico Crescitelli, o beato Giovanni Battista Mazzucconi, o beato Mario Vergara, e os confessores Beato Paolo Manna e Beato Clemente Vismara.

“Dentre os seus missionários há 19 mártires que deram as suas vidas por Jesus em nome de seu povo, sem reservas e sem cálculos pessoais… Vocês são uma ‘família de apóstolos’, uma comunidade internacional de sacerdotes e leigos que vivem em comunhão de vida e atividade”, afirmou.

“É somente a partir de Cristo que a nossa vida e a nossa missão fazem sentido, porque «não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados», disse Francisco, recordando um trecho da Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, sobre a Evangelização no mundo contemporâneo de São Paulo VI, que resume o sentido da vida e vocação dos missionários do PIME.

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