Em Dezembro de 2020, um incêndio destruiu o campo de refugiados de Lipa, na Bósnia-Herzegovina, onde as pessoas vivem sem água, electricidade ou serviços básicos de higiene.
«A situação está a piorar», destaca uma nota divulgada na Internet pela Cáritas Europa.
Segundo a instituição católica, milhares de migrantes vivem na rua, enfrentando as «duras condições de Inverno das regiões montanhosas dos Balcãs, na neve, no frio».
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) retirou-se do campo de Lipa em 23 de Dezembro de 2020, após «inúmeras tentativas fracassadas de obter das autoridades locais condições de vida humanas para os moradores do campo». Este campo abrigava cerca de 1200 pessoas na época do encerramento.
«Existem cerca de 8000 migrantes em todo o país: destes, 5000 são recebidos nos Centros de Trânsito e nos Campos, mas há pelo menos 3000 que dormem em prédios abandonados, alojamentos improvisados ou ao ar livre. É preciso encontrar uma solução imediata para todas essas pessoas», refere Peter Van der Auweraert , coordenador da Organização Internacional para os Migrantes (OIM) para a Bósnia e Herzegovina.
Os refugiados do campo de Lipa vivem em tendas armadas pelos militares, uma vez que a autarquia local se recusa a reabrir o acampamento de Bira, onde existiam melhores condições.
A Cáritas é uma das instituições que tem apoiado os migrantes da rota dos Balcãs. «Entre Maio de 2018 e Maio de 2020, a rede Cáritas apoiou 41 525 migrantes através dos vários serviços e ajudas distribuídas; este número obviamente cresce dia-a-dia», afirma Dijana Muzicka, coordenadora do projecto de migração da Caritas Bósnia-Herzegovina.
