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07 abril 2021

Violência no Darfur

Tempo de leitura: 2 min
Na região de Darfur Ocidental, Sudão, dezenas de pessoas foram mortas e feridas após confrontos entre grupos armados rivais.
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Refugiada e viúva do Darfur, Sudão, diante de um pequeno abrigo improvisado em Ardebe, Chade, em Janeiro de 2020 (Foto: © UNHCR/Aristophane Ngargoune)

Nos últimos dias, na região de El-Geneina, capital do Darfur ocidental, uma das nove regiões do Sudão, os confrontos entre grupos rivais causaram mais de 50 vítimas e 132 feridos. As lutas deram-se entre grupos árabes armados contra grupos rivais não-árabes da comunidade étnica Massali.

O Conselho de Defesa do Sudão, a principal instituição de segurança do país, declarou no passado dia 5 o estado de emergência e enviou tropas para a região, onde a situação permanece tensa.

De acordo com a agência das Nações Unidas para assuntos humanitários, os confrontos teriam acontecido depois que homens armados mataram a tiros duas pessoas de Massali, ferindo outras duas. Na ofensiva que se seguiu, uma granada também atingiu um campo de refugiados, causando um incêndio que destruiu várias casas.

Os combates ocorrem numa altura em que dirigentes de ambas as facções fazem parte do governo de transição, depois do acordo de paz do ano passado, entre o governo sudanês e alguns dos grupos rebeldes que lutaram contra Omar al-Bashir, o ex-presidente, que levou à retirada dos capacetes azuis das Nações Unidas do Darfur, região localizada junto à fronteira com a Líbia, o Chade e a República Centro-Africana.

De acordo com as Nações Unidas, a violência tribal nas províncias do oeste e sul de Darfur, que começou em Janeiro do ano passado, matou cerca de 470 pessoas e obrigou 120 mil sudaneses, a maioria mulheres e crianças, a deslocar-se para os países vizinhos, nomeadamente para o Chade. Antes desta última onda de confrontos, o Chade já acolhia mais de 360 mil refugiados sudaneses.

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