A paróquia de São Daniel Comboni, em São Luís, Maranhão (Brasil), começou a desenvolver nas suas instalações a Pastoral da Escuta. Este novo serviço, que segue a missão de acolhida e escuta com amor de Jesus, conta com a colaboração de pessoas preparadas, que estão dispostas a escutar os interessados num ambiente de acolhimento, empatia, respeito e confiança.
O Papa Francisco na Evangelii Gaudium n. 171 menciona a necessidade de um acompanhamento que seja fundamentado na arte de escutar, mais do que ouvir, já que ouvimos bastante e pode ser que escutemos pouco. E no passado dia 8 de Maio, durante o Regina Caeli, o papa afirmou que «o cristão é filho da escuta» e recomendou que nos escutemos os outros, pois «quem escuta os outros também escuta o Senhor, e vice-versa». «Hoje estamos sobrecarregados com palavras – disse ainda Francisco – e com a pressa de sempre ter que dizer e fazer alguma coisa, na verdade quantas vezes duas pessoas estão falando e uma não espera que a outra termine seu pensamento, ela o corta pela metade, ela responde… Mas se você não o deixa falar, não há escuta. Este é um mal do nosso tempo.»
No Brasil, em 2004, a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), pedia a criação de centros de escuta nas paróquias e assinalava que a Pastoral da Escuta é uma acção evangelizadora.
«A Pastoral da Escuta é essencialmente escuta e não deve ser confundida com confissão, terapia, orientação espiritual ou catequese, […] É alguém que se dispôs a simplesmente ouvir», refere José Carlos Pereira, no livro “Pastoral da Escuta: por uma paróquia em permanente estado de missão”.
A Pastoral da Escuta, portanto, conta com a participação de agentes qualificados (leigos, religiosos e sacerdotes), que ajudam a abrir canais, de modo que a pessoa que está a ser ouvida encontre respostas para seus problemas e perceba a acção de Deus na sua vida.
