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05 abril 2024

Sudão: Combonianos abrem clínica de cuidados paliativos

Tempo de leitura: 2 min
No meio de uma guerra esquecida, os Missionários Combonianos abrem uma clínica de cuidados paliativos em Porto Sudão
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Fachada do Colégio Comboniano de Ciência e Tecnologia em Cartum, capital do Sudão

O Sudão é um país devastado por quase um ano de guerra civil, fruto dos confrontos entre o Exército comandado pelo general Abdel Fattah al-Burhan e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF), guiadas pelo general Mohamed Hamdan Dagalo. Um conflito esquecido que já causou, segundo a ONU, 9 milhões de deslocados internos e mais de 15 mil mortos. Além disso, 18 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar aguda e cinco milhões enfrentam a fome, estando iminente «a pior crise de fome do mundo».

Neste contexto de sofrimento e violência, o trabalho humanitário da Igreja Católica não pára. Em Porto Sudão, o Colégio Comboniano abriu um local de assistência aos doentes terminais, como explica ao Vatican News um membro da congregação fundada por São Daniel Comboni, que quis permanecer anónimo por motivos de segurança: «Ajudamos as muitas vítimas ‘descartadas’ da guerra, porque as outras estruturas dão prioridade às pessoas que podem ser salvas».

«A guerra continua a causar morte, mas a guerra não pode extinguir a vida», assinalam os missionários combonianos ainda presentes no Sudão, que, como milhares de habitantes de Cartum, a capital, se deslocaram para a cidade de Porto Sudão, principal porto marítimo do país, nas margens do Mar Vermelho.

Esta é a primeira clínica do país especializada em cuidados paliativos e é totalmente administrada por enfermeiros. A plataforma coordena o trabalho de voluntários da comunidade comboniana que acompanham os doentes terminais e crónicos na periferia de Porto Sudão. Além disso, o departamento de enfermagem do Colégio continua treinando a equipe médica local em cuidados paliativos.

Neste tempo de Páscoa renovou-se a esperança: foi inaugurada a nova clínica e receberam o baptismo de 16 novos cristãos em Porto Sudão e outros 34 em Kosti, cidade mais a sul, num país onde os cristãos correspondem a apenas 4,5% da população.

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