O Papa Francisco escreveu na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2025 que a esperança cristã funda-se na presença de Deus que caminha com o seu povo, que ouve o grito dos oprimidos. E diz que esperançar é, por isso, «levantar os caídos, curar os quebrantados de coração e libertar de todas as formas de escravidão» (n.º 10).
No contexto do Ano Santo, Francisco atualiza este evento: «Nos dias de hoje, o jubileu é um acontecimento que nos impele a procurar a justiça libertadora de Deus em toda a Terra. […] Neste Ano de Graça, gostaríamos de estar atentos ao “desesperado grito de ajuda” que Deus nunca deixa de escutar. Nós, por nossa vez, sentimo-nos chamados a unir-nos à voz que denuncia tantas situações de exploração da Terra e de opressão do próximo» (n.º 3).
Francisco enumera e denuncia os fatores que ameaçam a humanidade: «Cada um de nós deve sentir-se, de alguma forma, responsável pela devastação a que a nossa Casa Comum está sujeita, a começar pelas ações que, mesmo indiretamente, alimentam os conflitos que assolam a humanidade. Refiro-me, em particular, às desigualdades de todos os tipos, ao tratamento desumano dispensado aos migrantes, à degradação ambiental, à confusão gerada intencionalmente pela desinformação, à rejeição a qualquer tipo de diálogo e ao financiamento ostensivo da indústria militar» (n. 4).
Francisco desafia-nos a fazer acontecer a paz nos gestos simples do quotidiano: um sorriso, um gesto de amizade, um olhar fraterno, uma escuta sincera, um serviço gratuito.