Como é que um Estado periférico do Médio Oriente onde apenas 11% dos 11,2 milhões de habitantes têm direito a cidadania – os restantes são um misto de estrangeiros e migrantes de mais de 200 nacionalidades – se tornou um colosso político, económico e militar capaz de traçar o destino de outras nações e regiões?
Como é que um antigo protectorado britânico, outrora frágil e vulnerável apesar das jazidas de petróleo descobertas em 1958, rodeado de vizinhos dominantes, como a Arábia Saudita e o Irão, se transformou, nos últimos trinta anos, numa potência com vastos interesses geoestratégicos no Mediterrâneo e mar Vermelho, nos oceanos Índico e Atlântico, no Sahel e Corno de África?