O Sars-Cov-2 continua a espalhar-se pela América Latina e Caraíbas das cidades à selva. É democrático, não distingue raças nem fortunas, nem credos nem sexos. Mas não se espalha da mesma maneira nem à mesma velocidade, fá-lo, país a país, conforme as desigualdades sociais em que a região é campeã, e é combatida com políticas que deixam muito a desejar.
Metade dos oito países com mais casos de infecção registados pertence ao espaço latino-americano bem como um terço dos quinze com mais mortos, segundo contas da agência IPS. Poucos conseguiram baixar a média de novos contágios e de mortes, e não se pode garantir que os que o fizeram o tenham feito de forma sustentável. Alguns lançaram mão de tudo, inclusive da violência, para travar a progressão, e não estamos só a falar da Nicarágua, que não tem sido a única a portar-se mal.