De origem europeia, o termo “Primavera Árabe” evoca a “Primavera dos Povos” de 1848, a vaga de revoluções que derrubou regimes de França à Suíça, de Itália à Alemanha; a “Primavera de Praga” de 1968, que foi a luta contra o domínio de Moscovo sobre a Checoslováquia; ou a “Primavera da Europa de Leste” de 1989, que fez cair um Estado (a URSS), um império (o Pacto de Varsóvia) e uma ideologia global (o comunismo soviético).
Muitos viram um paralelo entre estas sublevações e as revoltas populares de 2011 que levaram à queda de Zine El Abidine Ben Ali, na Tunísia, de Hosni Mubarak, no Egipto, de Muammar Kadhafi, na Líbia, e de Ali Abdullah Saleh, no Iémen. Muitos esperavam que os islamistas fossem marginalizados e que, numa era de novas tecnologias, o poder ficasse nas mãos de uma nova geração de democratas e seculares. Não foi isso o que aconteceu.