O investigador social e professor universitário Diego (nome fictício que escolheu para protecção pessoal) quer «ver a situação com optimismo», mas reconhece que «é difícil vislumbrar uma saída» para o que alguns descrevem como «a pior crise política dos últimos quarenta anos» na Nicarágua, o seu país natal.
Os sonhos de democracia e justiça foram esmagados em 2018, depois de uma inusitada revolta popular contra um pacote de reformas anunciado, em Abril, pelo Instituto Nicaraguense da Segurança Social (INSS). Os mais penalizados seriam milhares de reformados, que, com pensões equivalentes a 300 ou 500 dólares mensais, passariam a contribuir com 5%, para cobrir despesas por doença.