Aventura da Fé
05 junho 2025

Missionário futebolista

Tempo de leitura: 2 min
Nos dias 14 e 15 de junho, vai decorrer no Vaticano o Jubileu do Desporto. Se fosse vivo, quem estaria presente, sem dúvida, seria o padre missionário Carlos Bascaran, que era tão excelente a jogar à bola quanto a celebrar missa.
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As conquistas como futebolista

O padre Carlos nasceu em 1941, em Oviedo, Espanha. Ele e os quatro irmãos mais velhos foram para a Escola Loyola, dos padres escolápios, e que é uma instituição de ensino católica que oferece educação de qualidade desde o ensino primário até ao secundário.  Ali, começou a jogar futebol com 12 anos e foi vice-campeão espanhol nos campeonatos escolares. Integrou uma equipa infantil, outra juvenil, uma subsidiada pelo Oviedo e foi campeão espanhol como universitário.

Quando tinha 22 anos, conheceu os Missionários Combonianos – fundados por São Daniel Comboni – e sentiu-se chamado por Deus para ser um deles. No decurso da sua formação, esteve em Portugal e fez parte do plantel do Futebol Clube da Maia. Depois de ordenado padre, foi enviado em missão para o Brasil. E lá integrou o Ferroviária de João Neiva do Espírito Santo. Deixou de jogar em equipas federadas quando fez 39 anos, mas jugou sempre à bola com crianças, jovens ou adultos.

O padre Bascaran dizia que as maiores conquistas que o futebol lhe deu foram manter o corpo em forma, desfrutar, aprender a ganhar e a perder, saber jogar em equipa, criar amizades e conhecer muitas pessoas.

 

Missionário radical

Um dia, na juventude, Carlos Bascaran leu na Bíblia que Deus vomita os mornos, os que não são frios nem quentes. Então, quis que a sua vida fosse significativa. E foi um padre missionário que impressionava quem com ele convivia. Era humilde. Andava sempre de sandálias, que eram para ele o calçado das pessoas simples e pobres, e dos seguidores itinerantes e humildes de Jesus. Calçar as sandálias significava rejeitar a mentalidade consumista e estar sempre pronto para partir para lugares novos e enfrentar desafios inéditos sem os sapatos do orgulho, as bolsas dos bens materiais, as vestes das vaidades.

O seu entusiasmo por Jesus contagiava as pessoas, em particular as crianças e os jovens. E, com o seu talento para a música, alegrava a sua vida e a dos outros.

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EDIÇÃO
Junho 2025 - nº 641
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