Madre Teresa de Calcutá: Algumas missionárias da Caridade trabalhavam na Austrália. Numa reserva, entre os aborígenes, havia um homem bastante idoso. Posso assegurar---lhes que nunca viram uma situação de pobreza tão preocupante como a daquele pobre ancião.
Idoso: Irmãs, porque é que todos me ignoram?
Irmã Bianca: Porque a sua casa está toda desarrumada e suja.
Madre Teresa de Calcutá: Por favor, deixe-me limpar a sua casa, lavar as suas roupas e fazer a sua cama.
Idoso: Estou bem assim. Não se preocupe.
Irmã Bianca: Ficará ainda melhor, se permitir que nós façamos o asseio da sua casa.
Idoso: Está bem. Aceito. Só tenho de agradecer-vos pelo bem que me querem.
Madre Teresa de Calcutá: Veja, irmã Bianca! Encontrei no meio da desarrumação uma lamparina totalmente coberta de pó.
Irmã Bianca: Só Deus sabe o tempo transcorrido desde que o senhor a acendeu pela última vez!
Idoso: Para que havia de a usar? Não recebo a visita de ninguém. Não preciso de luz. Para quem deveria acendê-la?
Madre Teresa de Calcutá: Senhor Lázaro, acenderia a lamparina todas as noites, se as missionárias passassem a visitá-lo?
Idoso: Naturalmente!
Irmã Bianca: Eu e as demais missionárias vamos combinar entre nós. De hoje em diante, viremos visitá-lo todas as noites.
Narrador: Dois anos depois, tinha a Madre Teresa voltado a Calcutá, na Índia, chegou-lhe uma carta…
Madre Teresa de Calcutá: Oh! Uma carta do meu amigo australiano, o velho Lázaro.
O que dirá? «Querida e inesquecível amiga, Madre Teresa. A luz que acendeu na minha vida continua a brilhar!»