
Era uma criança alegre, cordial e generosa. Em Wamba, onde frequentou a escola primária, tinha o hábito de visitar os pobres e os doentes. E era muito inteligente.
Gostava de frequentar a igreja. Participava na missa com a mãe e as irmãs. Em seguida, aplicava-se no estudo do catecismo para poder receber a primeira comunhão. Recebeu-a com 9 anos.
Anuarite admirava as freiras que iam à sua terra e quis seguir as suas pegadas. A irmã Ndakala, professora no secundário, tornou-se uma mãe espiritual para ela. Por isso, muito naturalmente, ingressou, em 1957, na Congregação da Sagrada Família. Dois anos depois, formou-se como professora, vestiu o hábito e adotou o nome Maria Clementina.
Empenhava-se muito nas funções que lhe eram destinadas: foi sacristã, auxiliar de cozinheira – fazia bolos e sobremesas que deliciavam a todos nos piqueniques de domingo, após a missa – e professora numa escola primária. Ela estava sempre serena, alegre e pronta para o que fosse necessário.
Após um curso complementar em 1963, foi escolhida como diretora do internato para meninas, onde ela mesma havia estudado alguns anos antes.
No Convento de Bafwabaka, a irmã Maria Clementina Anuarite era uma das 36 que pertenciam à Congregação da Sagrada Família. No dia 29 de novembro de 1964, os rebeles Simbas, que havia quatro anos chacinavam europeus e seus amigos e colaboradores negros, invadiram o convento e levaram toda a gente.
Na noite do dia 1 de dezembro, o coronel Olombe tentou seduzi-la. Mas ela recusou, dizendo-lhe: «Prefiro morrer a cometer pecado.» E o coronel bateu-lhe e disparou, matando-a. Antes de perder os sentidos e diante da aproximação da morte, a irmã Anuarite perdoou o seu algoz: «Eu perdoo-te. Não sabes o que estás a fazer. Deus Pai te perdoe.»
Foi beatificada em 15 de agosto de 1985 pelo Papa São João Paulo II.
1939 Anuarite nasceu em Wamba na República Democrática do Congo, ex-Zaire.
1943 Foi batizada
1957 Ingressou na Congregação da Sagrada Família e adotou o nome Maria Clementina
1964 Foi morta por recusar ser mulher de um coronel
1985 Foi beatificada pelo Papa São João Paulo II
