Ciência e tecnologia
26 maio 2022

Um telescópio, dois telescópios…

Tempo de leitura: 4 min
Um adolescente do Senegal juntou o saber e a curiosidade aos materiais que tinha à mão e agora não há limites para ele no Universo.
Maria Filomena Silva
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Malick Ndiaye é um jovem senegalês de 13 anos, que vive com os pais em Mbacké, uma pequena cidade no interior do seu país. Desde que se lembra, gosta de contemplar o céu noturno, com os seus milhares de pontinhos luminosos, a brilhar no breu da noite. Conforme foi crescendo, no entanto, Malick já não se contentava só com a contemplação das estrelas. Queria saber mais sobre aquele céu tão belo e misterioso. Queria saber o nome de cada um daqueles pontos de luz; queria perceber a Lua e olhar tudo mais de perto. Por sorte, o pai tinha um livro de astronomia chamado Tudo sobre o Universo, com mapas celestes, descrições dos astros e as suas explicações. E Malick, depois de aprender a ler – gosta muito da escola e está apostado em estudar –, começou a folheá-lo sem se cansar. Tornou-se, aliás, o seu livro favorito, onde encontrava respostas para as suas perguntas. Foi ali também que aprendeu a desenhar, ele próprio, mapas celestes, com as constelações, os seus padrões e localização. Aos 8 anos, Malick já conhecia Sírius, a estrela mais brilhante do céu noturno, e sabia onde encontrar Aldebarã, na constelação de Touro, e outras. Mas faltava-lhe ver tudo mais de perto. Então, no verão passado, decidiu construir um telescópio.

Lentes velhas, latas e arame

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Ciência
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Maio 2024 - nº 628
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