
Angola e Moçambique são dois países lusófonos que viveram longos períodos de guerra: Angola, de 1975 a 2002; Moçambique, de 1976 a 1992.
Essa experiência uniu o escritor angolano José Eduardo Agualusa e o moçambicano Mia Couto na escrita conjunta da peça de teatro A Caixa Preta. Trata-se de uma crítica contundente à guerra. Integra o livro O Terrorista Elegante.
Em 2016, a peça A Caixa Preta inspirou o realizador português José Miguel Ribeiro a conceber o filme Nayola.
O filme Nayola aborda a guerra civil angolana através do olhar de três mulheres de três gerações da mesma família: Lelena, a avó; Nayola, a filha; e Yara, a neta.
Na história, o passado e o presente entrelaçam-se. Umas décadas antes, Nayola saiu de casa em busca do marido desaparecido no auge da guerra. No presente, o país está, finalmente, em paz, mas Nayola não regressou. Entretanto, Yara tornou-se uma adolescente rebelde e uma cantora de rap subversiva. A avó Lelena tenta contê-la, com medo de a polícia vir prendê-la.
O filme pode ter momentos em que se ri, mas sem silenciar a história que está por trás, e que não tem graça nenhuma.
Título: Nayola
Realizador: José Miguel Ribeiro
Género: Animação
Duração: 1h23
Amostra: https://youtu.be/kIWanyu3sAE
