Tão ou mais absurdo do que os protestos contra as políticas climáticas dos governos que passam por danificar, pelo menos temporariamente, obras de arte nos museus são agora os cortes abusivos, autêntica censura, nas obras literárias.
De certeza que já viram que as edições em inglês dos livros infantis de Roald Dahl, o autor do clássico infantil Charlie e a Fábrica de Chocolate, entre muitos outros títulos, vão ser alteradas para remover linguagem considerada ofensiva por decisão da editora Puffin.
Em Portugal, ao que parece, nada vai ser feito nesse sentido.
Assim, entre centenas de alterações, «gordo» passa a ser «enorme» e «feio» simplesmente desaparece.
Alterações todas elas a favor de linguagem mais inclusiva.
Quem não está a favor de mais inclusão? Ninguém. Mas será legítimo alterar as obras literárias já publicadas? Duvido.