Sala de convívio
22 julho 2025

O efeito espectador

Tempo de leitura: 1 min
Imagina que te deparas com uma emergência: um acidente, uma pessoa que está a desmaiar ou em apuros na água, uma criança que se perdeu dos pais, um animal ferido ou uma região atingida por uma catástrofe, por exemplo. Qual é a tua reação? Sentes vontade de ajudar?
Tiago Ferreira
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Há um paradoxo

Em situações de emergência, é comum pensarmos que quanto mais pessoas estiverem por perto, maior é a probabilidade de alguém ajudar. O que acontece, porém, é o contrário. E esse fenómeno recebeu o nome “efeito espectador”: quanto mais testemunhas há, menor é a probabilidade de alguém tomar uma atitude.

Isso acontece, principalmente, por duas razões. A primeira, a presença de outras pessoas faz com que cada indivíduo pressuponha que alguém vai fazer alguma coisa, e acaba por não fazer nada – pelo menos num primeiro instante. Trata-se de um fenómeno psicológico, em que a presença de outros espectadores leva a uma diminuição na sensação individual de responsabilidade. A segunda razão é a necessidade que cada pessoa tem de se comportar de uma maneira que seja socialmente aceitável. Quando os outros espectadores não reagem, o indivíduo termina interpretando essa falta de ação como uma sinal de que não é necessária ou não é apropriada uma resposta.

Também há o efeito espectador na internet, e caracteriza-se pela apatia de muitos utilizadores das redes sociais perante os discursos de ódio, o cyberbullying ou outras formas de violência online.

Tu podes contrariar esse efeito graças à formação do teu caráter. Virtudes humanas e cristãs, como empatia, generosidade, espírito de sacrifício, vão fazer com que tomes a iniciativa de intervir ou que respondas efetivamente ao pedido de ajuda das vítimas.

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Sabes
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EDIÇÃO
Julho e Agosto 2025 - nº 642
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