Sala de convívio
29 dezembro 2025

Refugiados como o Menino Jesus

Tempo de leitura: 2 min
Pouco depois de Jesus nascer, os seus pais tiveram de protegê-lo, refugiando-se no Egito. Neste Natal, podes pensar nas crianças refugiadas.
Isabel Mesquita
Professora
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O Natal chegou à escola! Os corredores estão cheios de enfeites e, em algumas aulas, aproveitamos esta época para recordar o nascimento de Jesus, procurando o seu significado e sentido nos gestos e acontecimentos de hoje.

Sabias que quando Jesus era bebé teve de fugir com os seus pais? O rei Herodes, com medo de perder o seu poder, planeou fazer-lhe mal, obrigando Maria e José a fugir para outro país, o Egito, à procura de segurança. Eles deixaram para trás a sua casa e tudo o que conheciam para proteger a vida do Menino Jesus.

Atualmente, muitas crianças e famílias vivem algo parecido. Por causa de guerras ou perseguições, precisam de fugir para lugares mais seguros onde sejam acolhidas e protegidas. Às pessoas que passam por esta situação chamamos refugiados.

 

Inspira-te com Priscilla Gomes

Para uma criança refugiada, voltar a estudar não é fácil. A escola é, para ela, muito mais do que um edifício onde se aprende. A escola torna-se um lugar onde se sente segura, faz amigos e nasce a esperança de conseguir um futuro melhor.

O ACNUR, uma agência das Nações Unidas, cuja missão é ajudar pessoas refugiadas, trabalha para que as crianças nessa condição tenham a possibilidade de ir à escola. Priscilla Gomes, responsável pela Educação no Gabinete Regional do ACNUR para a África Ocidental, é especialista em educação e coordena as atividades educacionais em 21 países, dedicando-se a construir salas de aula, a apoiar professores e a garantir que todos tenham a oportunidade de ir à escola.

 

Põe-te na pele dos refugiados

Perante tantas dificuldades das crianças refugiadas para conseguirem ter um lugar seguro onde aprender, somos convidados a valorizar ainda mais a nossa escola. Que o rosto do Menino Jesus refletido no rosto e na vida destas crianças nos desperte a capacidade de sentir gratidão e empenho, reconhecendo o privilégio que temos em poder estudar numa escola em segurança. A escola é um presente que nem todas as crianças recebem. Desperdiçar esta dádiva é desrespeitar os outros e as oportunidades que nos são dadas.

Um Santo Natal!

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EDIÇÃO
Dezembro 2025 - nº 645
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