Personagens: narrador, gato, rato, coruja e homem.
Narrador: Era uma vez uma coruja, um gato e um rato que viviam em cavidades do mesmo tronco de árvore. Eram inimigos naturais e desconfiavam uns dos outros.
Gato: Odeio a coruja. Está sempre à espreita. Na primeira oportunidade, rouba-me o alimento.
Coruja: Não confio no gato. É matreiro. Finge que está a dormir, mas não lhe escapa nada. Apanha os ratos desprevenidos. E até me caçaria, se eu não ficasse alerta.
Rato: Pobre de mim. Vivo rodeado de inimigos. Sair do meu refúgio e ir procurar comida é uma angústia.
Narrador: Não obstante, um dia, os três compreenderam que dependiam uns dos outros.
Homem: Sou o dono deste campo. Tenho de eliminar a praga dos ratos. Vou pôr armadilhas em redor do tronco.
Gato (apanhado na armadilha, fica em sofrimento): Miaau! Fui apanhado na armadilha que era para o rato.
Rato: Bem feito! Finalmente estou livre de ti.
Gato: Se eu morrer, estarás à mercê da coruja. Mas, se me ajudares, prometo que vou proteger-te sempre.
Coruja: Rato, não vás na cantiga do gato, que ainda acabas na barriga dele.
Rato: Tu queres tanto comer-me quanto ele. (Virando-se para o gato): Vamos fugir daqui.
Narrador: Com o passar do tempo, o gato percebeu que o seu amiguinho rato ainda tinha medo dele, e perguntou:
Gato: Achas que me esqueci do que te prometi quando me salvaste da armadilha?
Rato: Não acho! Mas também não esqueço a tua natureza.
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