Sala de convívio
06 setembro 2021

Corajosos guardiães da Terra

Tempo de leitura: 4 min
Testemunhos dos leitores da Audácia sobre o «Tempo da Criação».
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Civismo e boa educação

Todas as flores são bonitas, desde as simples do campo até às mais exóticas e caras. As que mais me seduzem são as rosas. E, penso: quem será o artista que consegue fazer tantas espécies de flores, e em cada espécie fazer tantos feitios, tantas cores, tantos perfumes? E, de modo similar, como consegue de um ovinho fazer uma avezinha com olhinhos, biquinho, sangue, intestinos, pulmões, coração e sentimentos? Quem será o artista que consegue fazer rios e mares?

Não ser atencioso com a criação é não ser cortês com o Criador. Quem maltrata as florestas, as serras, os rios, os mares, despreza os tesouros preciosíssimos que Deus nos deu.

Quando vejo as ruas, os regatos, com papéis, plásticos, latas, garrafas, lembro-me da minha professora da instrução primária, a saudosa D. Maria Cândida Pimenta: «Nunca sujem os lugares que frequentarem. Não deitem papéis para o chão. Se comerem numa fresca ao ar livre, em passeio com familiares ou amigos, levem sempre uma caixinha para deitarem os restos de comida e as embalagens vazias. Devem fazer como se estivessem a frequentar a sala da vossa casa. O lixo feito fora de casa deve ir para o mesmo lugar que iria se fosse feito em casa.»

A professora Cândida ensinava-nos que os lugares aprazíveis eram de todos. Como nós gostamos de os encontrar limpos também tínhamos de os deixar limpos para as outras pessoas. E ensinava-nos que isso era sermos bem-educados, termos civismo. Ela falava-nos nisto muitas vezes. Bastava que caísse um papel ao chão, logo aproveitava para nos recordar que foi Deus que fez todas as coisas e que por isso as tínhamos de estimar.

Luísa Sousa e Silva (Calendário)

 

A terra começa em casa

É nos pequenos atos que conseguimos fazer alguma coisa pela Terra. Por exemplo: se eu colocar um saco de plástico no ecoponto amarelo, estarei a salvar a vida a uma tartaruga, mesmo que ela esteja a milhares de quilómetros de distância. É que as tartarugas comem os sacos plásticos que andam perdidos no mar, porque os confundem com alforrecas e morrem asfixiadas. E evito que esse saco contamine o ambiente porque demora centenas de anos a degradar-se.

Quando lavo as mãos, a cara ou quando tomo banho, não deixo a água a correr. É um desperdício!

Quando utilizo o verso das folhas de papel já usadas para estudar, evito o abate de uma árvore, que fará sombra a alguém no Brasil, na China ou mesmo na Rússia. Serve também de habitação a muitos passarinhos e embeleza a paisagem.

Cada um de nós é uma pequenina gota, mas talvez sejamos a gota que falta. Na minha casa, na minha rua, na minha cidade, no meu país, no meu planeta, é aí que eu moro e sou feliz! E esse planeta é o meu paraíso a preservar!

Maria Lúcia (Maia)

 

A terra nas nossas mãos

A Terra é também chamada “planeta azul”, porque cerca de dois terços da sua superfície estão cobertos por água. Mas grande parte dessa água não é potável. E se não fizermos alguma coisa, daqui a alguns anos pode não haver água bebível.

Outros bens naturais, como o petróleo – que demorou milhares de anos a formar-se – também estão a esgotar. Temos de optar por um desenvolvimento e consumos sustentáveis.

A Terra é um paraíso, mas estamos a destruí-la. Um bom exemplo disso é o buraco do ozono. Cresce e tem consequências: o aquecimento global e o degelo dos glaciares. Pequenos truques como poupar água e energia em casa, reciclar, andar de transportes públicos ou a pé ajudam muito o ambiente.

Margarida Pereira (Barcelos)

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Artigos
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Abril 2024 - nº 627
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