O ano de 2022 teve início com as férias da quadra natalícia a prolongarem-se, numa espécie de presente que ninguém pediu, até à segunda semana de janeiro. E foi inevitável verem-se também, como sempre, os sinais evidentes – bastava olhar para os ecopontos por esse país fora – do absurdo consumismo e mais que absurdo desperdício. Como é isto possível?
De fora do calendário escolar ficaram as miniférias do Carnaval, que deveriam decorrer entre 28 de fevereiro e 2 de março. Talvez o planeta agradeça, pois evitar-se-á a proliferação de lixo carnavalesco.
Por vezes, penso que os adultos (os «nossos adultos», como dizem na Rádio Zig Zag...) são incomparavelmente melhores a falar do que a agir. O primeiro dever ético de qualquer geração devia ser legar à geração seguinte um mundo melhor do que aquele que encontrou – não o oposto, como está a acontecer! Por isso, não concordo quando ouço certas pessoas afirmarem, de cabelos em pé, que o blá-blá-blá de que Greta Thunberg acusou a COP26 foi ofensivo. Não foi, não é. Foi a mera comprovação da realidade.