A história, contada na edição de julho passado da Audácia, fez com que a espanhola Elena Congost ficasse sem a medalha nos Jogos Paraolímpicos de Paris, mas as imagens tornaram-se virais nas redes sociais fazendo da paramaratonista uma celebridade.
Pelo gesto de grande humanidade, Elena ficou mais famosa do que qualquer outra para-atleta e, certamente, mais conhecida do que se não tivesse sido penalizada desportivamente pelo incidente.
«Fiquei indignada. Não acreditava que estava a ser castigada por um ato de empatia, que colocava os valores do Olimpismo acima de tudo», comentou Elena. «Além disso, não alterou o resultado em nada: as duas primeiras já tinham terminado, e a atleta seguinte estava cinco minutos atrás.»
O choro ao perder a medalha acabou consolado pelas solicitações para inúmeras entrevistas, construindo a poderosa imagem de alguém com nobres valores. Por isso, atraiu valiosos patrocínios de várias marcas. Com o dinheiro que angariou, aos 37 anos, Elena vai sustentar o sonho de recuperar em Los Angeles 2028 o ouro que ganhou no Rio 2016.